Olá leitores!
Para responder a esta pergunta, devemos fazer uma análise profunda dos impactos causados desde a produção das sacolas de plástico, de papel e de pano até sua decomposição, a começar pelas de plástico, que vêm sendo tão amplamente discutidas nos últimos tempos.
Direcionando nosso olhar para o início do ciclo, encontramos o petróleo, um dos grandes vilões do aquecimento global, e de onde é tirado o polietileno, material do qual é feito o saco plástico. Para ter uma idéia do grau de consumo de petróleo na fabricação de sacolas plásticas, podemos pegar o exemplo da China, que, com a proibição da distribuição gratuita de sacos plásticos, chegou à estimativa de economia de 37 milhões de barris de petróleo por ano.
Falando em números, a Agência de Proteção Ambiental revelou dados que infor-mam que o consumo anual de sacos plásticos vai de 500 bilhões a um trilhão e a fatia do Brasil neste bolo é de aproximadamente 16,8 bilhões de sacolas.
A reciclagem desse material já foi cogitada, mas não é economicamente viável, sendo que gasta-se, em média, U$4,000.00 para processar e reciclar uma tonelada de plástico, mas essa mesma quantidade do produto é vendida no mercado de matéria prima a U$32.00.
Chegando ao fim do ciclo, temos o tempo de decomposição do plástico, que é de, pelo menos, 300 anos. Não bastasse a liberação de substâncias químicas na atmosfera ocasionada por este processo, muitos destes plásticos, ou fragmentos deles, terminam nos oceanos, entrando na cadeia alimentar da fauna presente na região, tendo um efeito catastrófico. De acordo com um relatório divulgado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas, há atualmente mais de 46 mil detritos de plástico a cada milha quadrada de oceano, que causam a cada ano a morte de aproximadamente 1 milhão de pássaros marinhos, 100 mil mamíferos aquáticos e inúmeros peixes.
O saco de papel pode, então, ser visto como a solução deste problema, afinal, o papel polui menos que o plástico, certo? Errado. Apesar de levar menos tempo para se decompor na natureza, o ciclo de produção do papel emite 80% mais gases de efeito estufa que o plástico, consome três vezes mais água e produz duas vezes mais dejetos sólidos que o primeiro, não esquecendo de mencionar a liberação de 70% mais gases que provocam chuva ácida. Sem falar nas milhões de árvores que são cortadas todo ano para a fabricação destas. O fator reciclagem poderia também ser citado com uma vantagem do papel sobre o plástico, não fosse o consumo 98% maior de energia.
Chegamos, então, na resposta para a pergunta inicial: Sim. Apenas uma das queridinhas dos ambientalistas é capaz de eliminar até 1000 sacolas plásticas em seus 5 anos de vida útil. Usando-a apenas 4 vezes, seu impacto ambiental já é menor que o das sacolas plásticas ou de papel em todos os indicadores.
Até breve!
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